Rádio V.T.I (Voz do Trabalhador Imigrante)
 Na origem, esteve a associação de marroquinos de Dijon que tinha como vocação ajudar os compatriotas instalados na Borgonha. Em seguida, afim de melhor se fazer ouvir o grupo alargou-se a outras comunidades estrangeiras de Dijon para chegar, em 1989, uma associação intitulada Voz do Imigrante (AVI) reagrupando Espanhóis, Magrebinos e Portugueses. A ideia da criação de uma rádio veio quase de imediato naturalmente.
Foi assim que a Rádio Voz do Trabalhador Imigrante (VTI) nasceu na ilegalidade, uma vez que a autorização oficial só boi obtida somente em 1997.
Uma rádio associativa, como tantas outras, emitindo vinte e quatro horas mas respeitando as percentagem de canções francesas. Informação local, regional, meteorologia, agenda e vida das associações locais: 70% das emissões são em língua francesa. O resto, umas cinquenta horas semanais consagradas á cultura árabe, doze aos espanhóis e dez aos portugueses. Para Mohamed Hanafi, presidente da associação “o principal fim, é dar a descobrir e fazer gostar aos Franceses outras culturas, outras músicas”.
Certo, um espaço intercultural, mas também a procura das raízes através das emissões. A actualidade do Magrebe aos sábados e domingos a partir das 20 horas, música e informação de Espanha aos sábados a partir das 14 horas, discos pedidos, novidades musicais e informação de Portugal, aos sábados e domingos a partir das 8 horas.
Consciente igualmente dos problemas de integração e inserção particularmente da juventude, a rádio abriu-se aos jovens e educadores que podem participar em emissões como ”Culture Rap” e “Question d’équilibre”.
Ter a funcionar uma máquina assim, quatro funcionários, uns cinquenta benévolos, fica caro, mais de 65 000 euros sobretudo quando não há receitas publicitarias. A associação assegura a sua sobrevivência graça às subvenções do fundo de apoio á expressão radiofónica, da acção social dos trabalhadores imigrantes, da prefeitura assim que do conselho regional.
Com o falecimento do presidente Hanafi fins dos anos 90, Chico Correia foi convidado para esse encargo, mas uma vida profissional carregada além da vida associativa ao seio da Casa de Portugal e da ASOP além das horas passadas na rádio, viu-se forçado a recusar o convite.
Dona Odália Novais num primeiro tempo, seguido de Jaime Mendes tomaram respectivamente a presidência da associação AVI que sobreviveu até fins do ano 2011, deixando a Radio VTI de emitir nessa mesma altura.
Chico Correia e a revolução nas emissões em português
Chegado á rádio em 1992, para ajudar no que pudesse, Chico Correia depressa constatou que as emissões portuguesas sofria muitas lacunas, essencialmente na falta de informação mas também na qualidade da música. Metendo mãos á obra, entrou em contacto com vários jornais portugueses, com a Agencia Lusa, e assim a informação em português nasceu na Vti. Ao mesmo tempo entrou também em relação com várias editoras e artistas que interessados pela sua promoção começaram a fornecer o material discográfico necessário a uma melhor qualidade musical.
Pouco tempo depois, a convite do presidente Hanafi e com o acordo da Casa de Portugal de Dijon(tutora dos programas portugueses), Chico Correia tomou o encargo de director das emissões portuguesas abrindo novos horizontes á emissões em português, melhorando a informação, convidando artistas e personalidades para entrevistas mas também a renovação total dos suportes áudio passando do velho disco vinil e das velhas cassetes ao recém-chegado cd.
Chico Correia permaneceu na VTI até 2002 sempre como benévolo e onde deixou uma discoteca de mais de 600 cds além de algum material que ele próprio oferecera á rádio.Chico Correia e a VTI
Radio V.T.I (Voix du Travailleur Imigré)
Texte en français
A l'origine, une association de travailleurs marocains en France ayant pour vocation d'aider ses ressortissants installés en Bourgogne. Puis, solidarité oblige, le groupe s'est élargi à d’autres communautés étrangères de Dijon pour devenir, en 1989, une association intitulé Voix de 1'immigré (AVI), regroupant Portugais, Espagnols et Maghrébins. L'idée de créer une radio est venue ensuite, tout naturellement C'est ainsi que Radio Voix des Travailleurs immigrés) est née dans l’illégalité, l’autorisation officielle ayant été obtenue seulement en 1997.
Une radio associative, comme beaucoup d’autres, émettant vingt-quatre heures sur vingt-quatre en respectant les quotas de chansons françaises. Infos locales , régionales, météo, agenda et vie des associations locales: 70 % des émissions sont en français. Le reste : cinquante heures sont consacrées à la culture arabe, douze à l’espagnol et dix au portugais. Pour Mohamed Hanafi, président de la radio et de l’association, << le but est de faire découvrir et faire aimer aux Français d'autres cultures et d'autres musiques >>. Espace interculturel certes, mais aussi recherche des racines à travers les émissions : I’actualité du Maghreb, le samedi et le dimanche à partir de 20 heures ; musiques et nouvelles de l’Espagne, le samedi à 14 heures ; dédicaces et nouveautés du Portugal le samedi et le dimanche matin à 8 heures. Consciente également des problèmes d’intégration et d’insertion dans les quartiers dit << difficiles >>, la radio s'ouvre aux jeunes et aux éducateurs qui peuvent participer à des émissions telles que << Culture Rap >> et << Question d’équilibre >>.
<< La radio est la principale activité de notre association mais nous en avons beaucoup d’autres, tient à préciser Mohamed Izimer Belhadj, le directeur Organisation de manifestations interculturelles autour de Noël du Nouvel An, du Ramadan, de la Fête du sacrifice ou de Pâques, des fêtes qui réunissent parfois plus de sept cents personnes, Organisation également d'actions socio-éducatives comme l'aide aux étrangers dans les démarches administratives. >>
Faire fonctionner une telle machine, quatre salariés et cinquante bénévoles, coûte cher, environ 400 000 Francs par an surtout sans recettes publicitaires. L'association assure sa suivie grâce aux subventions du Fonds de soutien à l'expression radiophonique, de l’Action sociale pour les travailleurs immigrés, de la préfecture et du Conseil général de la Côte d’or. Pour faire face à leurs difficultés financiers, les dirigeants de la radio apprécieraient que les collectivités locales rémunèrent certains services rendus: messages et campagnes d'intérêt général, car, disent-ils, <<la radio est un métier ce n'est pas une occupation que l’on fait comme ça pour passer le temps >>.
Apres le décès du Président Hanafi, Francis Correia(Chico Correia) fut sollicité pour remplir l’espace vide, mais une vie professionnel très remplie ajouté au temps dejá passé au service de la communauté portugaise au sein de la Maison du Portugal e de l’ASOP mais aussi les heures passes déjà à la radio, il se sentit obligé de refuser le poste.
Madame Odalia Novais dans un premier temps suivie de Mr Jaime Mendes ont pris respectivement la présidence de l’association AVI qui a survécu jusqu'à fin de 2011, date à la quel la VTI cessa toutes émissions.  



Chico Correia et  la VTI