Quando evocamos « Os Portugueses de Dijon » é óbvio que o
primeiro nome que nos vem ao espirito é a “ULFE” pois é por
excelência a associação que mais e melhor representa
actualmente a cultura, os usos e costumes do povo português
como também é um grande centro de encontro do povo português
nestas terras de Borgonha.
Não devemos contudo esquecer outras associações existentes
ou já desaparecidas que á sua própria maneira também
contribuem ou contribuiram par esse espalhar da nossa
cultura, e quando mais não seja, são ou foram ponto de
encontro dos portugueses.. Nas associações existentes,
salientamos além da Ulfe, a Associação dos Portugueses de
Quetigny, a dos Portugueses de Beaune, a Associação das
Famílias Portuguesas de Auxonne e ainda em Dijon a
Associação Isabel de Portugal e claro está, a ASOP
(Associação dos Operarios Portugueses) e Casa de Portugal
das quais a ULFE é fruto de uma união.
Mas como podemos falar de todas estas associações sem evocar
aquela que foi a propulsora, a pioneira das associações
portuguesas em Borgonha e que ao fim e ao cabo esteve na
origem da vida associativa portuguesa em Dijon, e que por
esquecimento, por ignorância ou por conveniência ninguém
fala?
Claro que, se eu disser “Amical dos Portugueses de Dijon”,
para aqueles que tenham menos de 25 anos, esse nome é algo
de desconhecido e que nada evoca, mas que para aqueles menos
jovens se recordarão certamente até com uma certa nostalgia.
Tudo começou nos fins dos anos 60 quando um grupo de amigos
portugueses, claro, se juntavam todos os domingos no campo
pelado da “plaine des sports”, junto ao Trimolet actual
terreno da Ulfe, para passarem um pouco de tempo tratando da
menina (jogar á bola).
Entre outros, podemos citar os presentes na foto de pé e da
esquerda para a direita: Carlos, Chico Correi(eu mesmo),
Alcino Ribeiro, Artur Ferreira e Carlos Marques. Em baixo e
na mesma ordem: Tó Manuel, Simão, Bernardino Teixeira e
Manuel Antunes (Manuel Grande). Participando essencialmente
em torneios de 6 o sucesso foi crescendo de tal maneira que
muitos portugueses da região que jogavam futebol se vieram
juntar ao pequeno grupo. Mas a primeira vez que se falou na
criação de uma associação portuguesa foi dia 11 de Novembro
de 1969, dia de São Martinho em que depois de se realizar o
primeiro jogo de futebol entre portugueses a saber os
casados contra os solteiros, no anexo do "Gaston
Gerard",realizou-se também um magusto para celebrar esse
dia.
Tendo no grupo um jornalista (Carlos Marques) um belo artigo
foi apresentado no “Bien Public” o que fez com que ainda
mais os portugueses se aproximassem.
Assim a ideia nasceu, só faltava encontrar um local e uma
equipa directiva para a associação futura. Foi assim que
sobe a presidência do Senhor Solipa, em 1970 um local foi
encontrado rua Joliet no local hoje ocupado pelos correios.
Este local no momento da criação da associação era ideal,
pois convinha perfeitamente às actividades exercidas como o
jogo de cartas, ping-pong ou pequenos espectáculos de
variedades para a centena de associados. Uma pequena
biblioteca começou também a ser criada com livros
essencialmente oferecidos.
As condições estavam reunidas para a formação da primeira
equipa de futebol oficial portuguesa que, nos primeiros anos
disputou e venceu três “Chalenge de l’Amitié”, um campeonato
privado com uma dezena de equipas.
Sendo este campeonato independente da FFF (Federação
Francesa de Futebol) e com os jogos a realizar aos domingos
de manhã, permitia que aqueles jogadores que estivessem
federados noutros clubes pudessem fazer outro jogo aos
domingos de tarde (estes casos foram raros mas existiram por
exemplo o meu que nessa altura jogava também em Talant).
Estamos em 1971, e á medida que o número de associados e
simpatizantes ia crescendo, depressa o local se tornou
reduzido e inadaptado á reunião de toda esta gente que cada
vez mais pediam outras actividades como por exemplo o jogo
de malha ou ainda a criação de um grupo folclórico.
Em 1972 a direcção meteu mãos á obra e começou-se então o
início de pesquisa para se encontrar um novo local que
pudesse reunir as condições necessárias para o
desenvolvimento das actividades existentes, assim como a
criação de outras tão desejadas.
O local foi encontrado rua de la Colombiere numa escola que
vinha de ser desafectada. Com duas grandes salas uma
propicia para espectáculos outra para sala de jogos e bar,
quatro outras salas mais pequenas serviam de salas de
reunião, escritório, biblioteca e outras actividades o tudo
com um terreno de mais de 1000 m2 com várias arvores e boas
sombras.
A inauguração deste novo local em Julho de 1972 coincidiu
também com a minha despedida para o serviço militar em
Portugal. Tive direito a uma linda festa de despedida a qual
jamais esquecerei.
Foram três anos estive ausente de Dijon anos em que muitas
coisas se passaram. Tanto quanto fui informado, num primeiro
tempo, houve grande evolução da associação chegando a ter
mais de 600 sócios, com um rancho folclórico 2 equipas de
futebol, e um baile todos os domingos de tarde. Depressa
começou a haver exigências tanto do lado folclore como do
lado futebol, cada um puxando a brasa para a sua sardinha.
Falta de entendimento uma parte dos jogadores saíram para
juntamente co o Sr. Matos criarem a ASOP.
Por outro lado o Sr. Moreira e os membros do folclore
partiram também para criar a Casa de Portugal.
Quando voltei a Dijon, em Novembro 1976 existiam 3
associações em Dijon. Maison du Portugal, Association des
Ouvriers Portugais e Amical de Portugais de Dijon.
Apesar das separações, a Amical continuava prospera. Mas
rivalidades começavam a aparecer entre associações, depois
entre dirigentes que passavam de uma associação á outra cada
vez que eram derrotados em eleições. No início dom a
vizinhança derivado a barulho das músicas, aos fos anos 80
começavam a aparecer certos problemas cumos dos churrascos e
por vezes desavenças, mas também á falta de seriedade de
alguns dirigentes. Começou então o descalabro e como
primeira consequência o futebol pois falte de apoio da
associação viu todos os seus jogadores saírem um a um
ficando eu mais uma dezena de gatos-pingados até ao fecho da
associação que entretanto teve de mudar de local. Foi entre
1987 e 88 que a Amical des Portugais de Dijon teve de
encerrar suas portas para desalento de muitos portugueses de
Dijon.
Até ao último instante, fui fiel á associação que vi nascer,
mas visto que nada mais me impedia, fui para a ASOP onde
muitos dos meus colegas da Amical se encontravam já.
Contudo, hoje ainda me coloco certas questões, que continuam
a ficar sem resposta.
A amical foi vencedora de muitos torneios, de vários
campeonatos de muitos prémios, tendo uma sala de troféus
muito maios que a ASOP possuía nessa altura.
A Associação deixando de existir, seria lógico que esses
trofeus revertessem á ASOP uma associação que praticava as
mesmas modalidades. Em vez disso, os trofeus desapareceram.
Não sei nem quero saber quem as tem. A única coisa que sei,
é que esses trofeus não estão na posse de nenhum daqueles
que com muito suor os venceram e mereceram.
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Quand nous évoquons « les Portugais de Dijon » le premier nom qui nous vient à l'esprit est « ULFE » évidement, l'association que par excellence à l'heure actuelle le meilleur représente la culture, les us et coutumes du peuple portugais mais elle est aussi le plus important centre de rencontre du peuple portugais dans ces terres de Bourgogne.
Cependant, nous ne devons néanmoins oublier autres associations existantes ou déjà disparues qui à leur propre manière contribuent ou ont contribué à l’expansion de notre culture, et même si ce n’était pas le cas, sont ou ont été un point de convivialité des Portugais. Parmi ces associations existantes, nous faisons ressortir outre l'Ulfe, l'Association des Portugais de Quetigny, celle des Portugais de Beaune, l'Association des Familles Portugaises d'Auxonne et encore à Dijon l'Association Isabel du Portugal, l'Association des Portugais de Beaune, celle des Portugais de Arnay le Duc, et évidement l’ASOP (Association des Ouvriers Portugais) et Maison du Portugal desquelles l’ULFE est fruit d'une union, , entre autres.
Mais comme pouvons-nous parler de toutes ces associations sans un petit mot, une petite pensée, pour celle qui fut la pionnière de toutes les associations portugaises en Bourgogne et qu’en fin de tout compte est à l'origine de la vie associative portugaise à Dijon, mais que par oubli, par ignorance ou par intérêt personne n’en parle ?
C’est clair que, si je dis « Amical des Portugais de Dijon », pour ceux qui ont moins de 25 ans, ce nom ne vaut rien dire, par comte, pour ceux un peu moins jeunes vont se rappeler certainement même avec une certaine nostalgie.
Tout a commencé fins des années 60 quand un groupe d'amis portugais, bien-sûr, se rencontrait tous les dimanches matin á la « plaine des sports », près du Trimolet actuel terrain de l'Ulfe, pour passer un peu de temps jouant le foot.
Entre autres, nous pouvons citer les présents dans la photo debout et de la gauche vers la droite : Carlos, Chico Correia (moi-même), Alcino Ribeiro, Arthur Ferreira et Carlos Marques. En bas et dans le même ordre : Tó Manuel, Simão, Bernardino Teixeira et Manuel Antunes (Manuel Grande).
Participant essentiellement dans des tournois à 6, le succès fut rapide de telle manière que beaucoup de Portugais de la région qui jouaient dans d’autres clubs, sont venus rejoindre le petit groupe.
Mais la première fois qu'on commence à parler de la création d'une association portugaise ce fut le 11 novembre 1969, jour de Saint Martin où un premier match de football entre Portugais à savoir mariés contre les célibataires, à l'annexe du « Gaston Gérard », suivi d’un magusto (griller des châtaignes sur des cendres chaudes d’un feu de bois).
Ayant dans le groupe un journaliste (Carlos Marques) un bel article a apparu dans le « Bien Public » ce qui a fait que davantage les Portugais sont venus nous rejoindre.
Ainsi l'idée est née, ne restait plus qu’à trouver un local et une équipe directive pour l'association future. C’est ainsi que sous la présidence de Monsieur Solipa, la toute premières association portugaise fut créé en 1970 ayant comme siège un local rue Joliet, lieu aujourd'hui occupé par les bureaux de poste.
Ce lieu au moment de la création de l'association était idéal, il convenait parfaitement aux activités exercées à savoir le jeu de cartes, ping-pong ou petits spectacles de variétés pour la centaine d'associés. Une petite bibliothèque a commencé même à voir le jour avec des livres essentiellement offerts.
Les conditions étaient réunies pour la formation de première équipe de football officiel à dénomination portugaise qui, dans ses premières années à disputé et vaincu plusieurs « Chalenge de l’Amitié », un championnat privé avec une dizaine d'équipes.
Ce championnat étant indépendant de la FFF (Fédération Française de Football) et les matchs se réalisant les dimanches matin, permettait à certains joueurs fédérés dans d'autres clubs de rejouer le dimanche après-midi (ces cas ont été rares ils mais ont existé par exemple le cas de Helder Lopes et le mien qui à cette occasion je joué aussi à Talant).
Nous sommes en 1971, mais à mesure que le nombre d'associés et de sympathisants allait en grandissant, très vite le siège est devenu restreint et inadapté la réunion de tous ces gens que de plus en plus demandaient autres activités comme par exemple le jeu de malhas ou encore la création d'un groupe folklorique.
En 1972 la direction a mis mains à l'œuvre recherchant un nouveau local pouvant réunir les conditions nécessaires pour le développement des activités existantes, et la création d'autres tant désirés.
Le lieu a été trouvé rue de la Colombiere dans une ancienne école désaffectée.
Avec deux grandes salles dont une propice pour des spectacles, une autre pour salle de jeux et un bar, quatre autres salles plus petites servaient de salles de réunion, de bureau, de bibliothèque et d'autres activités le tout sur un terrain de plus de 1000 m2 avec quelques arbres pour avoir de l’ombre.
L'inauguration de ce nouveau lieu en juillet 1972 a coïncidé aussi avec mon départ pour le service militaire au Portugal. J’ai eu droit à une très jolie fête d’au revoir que jamais je n’oublierais.
Pendant trois années j’ai été absent de Dijon et beaucoup de choses se sont passées. Selon l’information que j’ai eu par la suite, dans un premiers temps, il a y eu grande évolution de l'association en arrivant à avoir plus de 600 adhérents, avec une groupe folklorique 2 équipes de football, et d'un bal tous dimanches après-midi. Malheureusement comme souvent arrive, c’est le début des exigences tant du côté folklore que du côté football, chacun en tirant la braise vers sa sardine. Faute d’entente une partie des joueurs sont partis pour conjointement avec Mr Matos créer l’ASOP.
D'autre part Mr Moreira et les membres du folklore sont partis eux aussi pour créer la Maison du Portugal.
A mon retour à Dijon, en novembre 1976 il existait dejá trois associations à Dijon. Maison du Portugal, Association des Ouvriers Portugais et Amical de Portugais de Dijon.
Malgré les séparations, l’amical continuait prospère. Mais des rivalités commençaient à apparaître entre des associations, plus tard aussi entre des dirigeants qui passaient d'une association à autre à chaque fois qu'ils étaient mis en échec dans des élections. Dans le début des années 80 commençaient à apparaître certains des problèmes avec le voisinage à cause des bruits des musiques, aux fumées des barbecues, mais aussi le manque de sérieux de quelques dirigeants. A partir de là commença alors la stagnation voire même le recul, comme première conséquence dans les équipes de foot, manque d'appui de l'association a vu tous leurs joueurs sortir un à un en restant tout juste des joueurs pour former une équipe. Tant bien que mal, j’ai réussi avec quelques fidèles joueurs maintenir l’équipe jusqu’à 1988 moment où l’Amicale des Portugais de Dijon a dû fermer ces portes pour découragement de beaucoup de Portugais de Dijon.
Jusqu'au dernier instant, je fus fidèle l'association que j'ai vu naitre, mais vu que rien n’avait à faire je parti pour rejoindre l’ ASOP où beaucoup de mes camarades de l'Amical se trouvaient déjà.
Néanmoins, aujourd'hui encore il y a certaines questions, qui me trottent dans la tête et que continuent à rester sans réponse.
C’est que l’Amicale à gagner beaucoup de tournois, plusieurs championnats de beaucoup de prix, ayant une importante salle de trophées , bien plus importante que celle que possédait l’ASOP à cette occasion.
L'Association cessant exister, il aurait été logique que tous ces trophées reviendrait á l'ASOP une association qui pratiquait les mêmes modalités même s’elles étaient des rivales. Au lieu de cela, les trophées ont disparus. Je ne sais pas et je ne veux savoir qui les a. Seule chose que je sais, est que ces trophées ne sont pas chez aucun de ceux qu’on eut le mérite et le sacrifice pour les gagner.
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